CREA Summit: Reflexões sobre a industrialização da construção civil e o papel dos profissionais no futuro das cidades inteligentes

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Painel debateu o Papel dos Profissionais na Transformação das Cidades em Ambientes Mais Inteligentes e Sustentáveis

 

Debates destacaram inovação, integração e normativas como bases para transformar cidades em ambientes sustentáveis

 

 

O segundo dia do CREA Summit, (23.11), na Expocentro, em Balneário Camboriú, foi marcado por inúmeros debates que aconteceram em três palcos diferentes. Na plenária principal, o painel sobre a Industrialização da Construção Civil e o Despertar para Inovação, foi ministrado por Ricardo Mateus, da CEO da Brasil ao Cubo.

 

Já o painel sobre O Papel dos Profissionais na Transformação das Cidades em Ambientes Mais Inteligentes e Sustentáveis teve participação das especialistas Thais Nahas, da Intelink e  Raquel Cardamone, da Bright, com mediação do Eng.  Eng. Luiz Henrique Pellegrini, superintendente do CREA-SC.

 

 

Industrialização e Inovação: uma nova dinâmica empresarial

 

Ricardo Mateus, da Brasil ao Cubo, abordou como a inovação revoluciona os paradigmas na construção civil.

 

Ricardo Mateus, da Brasil ao Cubo, abordou como a inovação revoluciona os paradigmas tradicionais no setor da construção civil. Para Mateus, a ideia de que empresas maiores sempre lideram está ultrapassada. “Hoje, são as empresas mais rápidas e inovadoras que de fato performam. Isso muda completamente o jogo”, declarou.

 

Mateus ressaltou que a inovação deve ser tratada como um processo integrado em todos os departamentos de uma organização e não em um departamento específico. Disse ainda que ao horizontalizar a inovação, você promove uma mudança cultural que melhora o desempenho e facilita a adaptação às novas demandas do mercado.

 

Ele também apresentou o conceito de “motor 1 e motor 2” como estratégia para equilibrar as demandas presentes e a visão de metas de crescimento. “O motor 1 representa as operações diárias e o faturamento atual. O motor 2 reflete a visão de longo prazo e a busca por inovação, que garante a sustentabilidade e o crescimento da empresa nos próximos anos.”

 

Ao destacar o papel do CREA Summit, Mateus reforçou sua importância como um ambiente de conexão com players estratégicos e fonte de inspiração para empreendedores do setor. “Eventos como este criam ecossistemas propícios à inovação, essenciais para o desenvolvimento do setor.”

 

 

Cidades inteligentes e sustentáveis: a integração como chave do futuro

 

 

Thais Nahas, da Intelink,

 

Thais Nahas, da Intelink, apresentou uma visão sobre os atores necessários para impulsionar transformações urbanas. Citou o setor público, representado por entes públicos como exemplo o CREA-SC; de conhecimento, que inclui as universidades, centros de pesquisa e instituições de ensino; de fomento, que viabiliza os investimentos necessários para concretizar os projetos; e o empresarial, com os empreendedores, que percebem os problemas, veem oportunidades e pensam as soluções.

 

O habitat de inovação são os ambientes onde esses atores se encontram e, por fim, o ator sociedade, cuja participação é essencial para validar e consolidar as transformações reais. Segundo Thais, a interação entre esses atores é indispensável para enfrentar desafios urbanos contemporâneos, como mobilidade, segurança e educação. “Somente por meio da colaboração entre diferentes setores conseguimos criar soluções eficazes”, afirmou.

 

Raquel Cardamone, da Bright,

 

Raquel Cardamone trouxe uma perspectiva prática ao abordar ferramentas e normativas que orientam o planejamento e a gestão de cidades inteligentes. A fundadora da Bright Cities destacou que a urbanização acelerada dos grandes centros demanda soluções que priorizem qualidade de vida e resiliência urbana.

 

Entre as ferramentas estão a Carta Brasileira de Cidades Inteligentes: uma orientação estratégica do governo federal disponível gratuitamente; e as Normativas ISO 3720, 3722 e 3723: parâmetros globais para avaliar cidades sustentáveis, inteligentes e resilientes.

 

Essas normativas ajudam a identificar indicadores essenciais para medir a eficiência das cidades em áreas como saúde, educação, gestão pública e meio ambiente. “Profissionais do sistema Confea/Crea podem usar essas diretrizes para empreender no desenvolvimento de soluções urbanas e liderar transformações no cenário urbano brasileiro”, incentivou.

 

O CreaSummit 2024 realizado pelo Crea-SC, com o apoio do Confea e Mútua, reuniu mais de 2 mil profissionais, estudantes e especialistas de diversas áreas para discutir o futuro da engenharia e da tecnologia por meio da inovação.