AgTech Day 2024 reuniu inovações da agronomia de Santa Catarina
O evento foi realizado em Florianópolis no mês de novembro e contou com as categorias “Dentro da Porteira”, “Fora da Porteira” e “ICTs” em premiação
No dia 7 de novembro ocorreu o AgTech Day 2024, pela primeira vez em Florianópolis, no CIA Primavera, que reuniu diversas startups e Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) com variadas inovações para o agronegócio catarinense. O evento acontece desde 2021 promovido pela Vertical AgTech da ACATE e tem sido vitrine para conectar o campo ao mercado com produtos, serviços e pesquisas que visam impulsionar o setor.
Os inscritos selecionados pela comissão da premiação, têm a oportunidade de apresentar suas soluções durante o evento à bancada de especialistas que julgam e definem os vencedores para as categorias “Dentro da Porteira”, “Fora da Porteira” e “ICTs”. Neste ano, cada categoria contou com 2 finalistas, sendo eles Raquete digital IOT da empresa Vaca Roxa e Florest.IA da ODrone Tecnologia na categoria “Dentro da Porteira”, Ozônio é agro da Wier e Proteínas alternativas para camarão da Sea Scient na categoria “Fora da Porteira”, Poda mecânica na cultura da videira de Lindomar Velho de Aguiar Júnior (UDESC – Campus Lages) e Pollis (Pollen Intelligence Solutions) de Vitor Luiz Girardi (UFSC- Campus Curitibanos) na categoria “ICTs”.
Na categoria “Dentro da Porteira”, quem levou o prêmio foi a Vaca Roxa, com sua inovação Raquete digital IOT que tem o objetivo de aprimorar a detecção de mastite em vacas leiteiras, doença que causa redução na produção e qualidade do leite e riscos à saúde do animal. O CEO da empresa, Roberto Carlos Valicheski, Mestre em Engenharia de Processos e Bacharel em Sistemas de Informação, relatou que essa conquista abriu as portas para a empresa tanto no Brasil quanto no exterior. “Essa conquista reforça a relevância da tecnologia desenvolvida pela empresa e amplia a visibilidade da Vaca Roxa no setor agropecuário. A vitória simboliza o reconhecimento do impacto positivo da Raquete Digital IoT, que não só transforma o dia a dia dos produtores, mas também eleva os padrões de qualidade e sustentabilidade no mercado leiteiro”, afirma.
Já na categoria “Fora da Porteira”, a empresa Wier levou o destaque com Ozônio é agro, que utiliza de tecnologias de plasma frio e ozônio, diminuindo o uso de agroquímicos e aumentando a produção de pequenos e grandes produtores. Os equipamentos podem ser utilizados em tratamentos de irrigação, lavação de alimentos, câmaras frias e silos de armazenagem de grãos sem necessidade de mudar o sistema já utilizado.
O fundador e CEO da Wier, Bruno Mena Cadorin, Doutor em Química, relata que “a conquista da Wier como finalista e vencedora no AgTech Day 2024 é um marco para a empresa. Ela fortalece a credibilidade da Wier como uma pioneira em inovação no setor de agronegócio, aumentando sua competitividade e atraindo atenção de potenciais investidores e parceiros estratégicos. Além disso, a vitória também fortalece a moral da equipe, incentivando a continuidade de seu trabalho inovador e consolidando o compromisso com o desenvolvimento de soluções que fazem a diferença para o futuro da agricultura”.
Na categoria das ICTs, a vencedora foi a Pollis que por meio de Inteligência Artificial, criou um sistema de identificação polínica inovador, permitindo a análise e certificação de mel e outros produtos apícolas, agregando valor e informações acerca da flora que compõe os produtos. Vitor Luiz Girardi, graduando de Agronomia, CEO da Pollis, diz que tem a perspectiva de tornar a startup uma referência no setor e destaca a importância dos criadores de abelhas para a biodiversidade e serviço ecossistêmico de polinização. “Nada mais justo do que estarmos promovendo ações que auxiliem os mesmos, tanto em relação ao manejo quanto para a agregação de valor ao produto e, consequentemente, fortalecimento econômico”, relata.
Ainda na categoria ICTs, Lindomar Velho de Aguiar Júnior, Engenheiro Agrônomo, foi o segundo finalista com a Poda mecânica na cultura da videira, parte de sua pesquisa de doutorado em produção vegetal, na Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC). “Diante da falta de mão de obra na cultura da videira, criou-se uma parceria público privada entre setor vitícola, universidade e a indústria metal mecânica, financiadas pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Onde desenvolvemos um protótipo de implemento de podadora mecânica que é acoplada a frente do trator agrícola e que utiliza dos sistemas hidráulicos do mesmo para movimentar as partes móveis do implemento.” relata Lindomar. O protótipo desenvolvido por essa parceria, reduziu em 75% a prática da poda de inverno (pré-poda), realizada com tesoura. E na poda de verão, a eficiência da poda reduziu em 90% do tempo.