Preparatório Sul debate a gestão das bacias hidrográficas nos estados
O segundo dia de evento do preparatório Sul ao 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Balneário Camboriú, de 14 a 16.09, iniciou com uma mesa redonda sobre a situação das Bacias Hidrográficas do Sul. O mediador foi o Prof. Dr. Oceanógrafo Paulo Ricardo Schwingel.
O primeiro a se manifestar foi o Eng. Agr. Fernando Meirelles, diretor de recursos hídricos da SEMA-RS que expos a dificuldade de utilizar as bacias hidrográficas como unidade real para o planejamento e gestão territorial. “O foco sempre está no outro. Nós não nos consideramos agentes poluidores. Segundo ele, a população não se considera parte integrante da bacia, tão pouco como agente de mudança e transformação. Citou a utilização dos rios como matriz energética e a expansão da agricultura irrigada no país e comparou o modelo europeu de gestão dos recursos hídricos com o brasileiro.
Disse que as grandes cidades europeias estão situadas às margens de rios, seguindo a lógica de ocupação fluvial. A realidade e o contexto histórico das grandes cidades da região Sul do Brasil é bem distinto, apesar de muitos pesquisadores acreditarem que modelo brasileiro segue o francês. “No brasil muitas cidades não tem essa vinculação com as bacias hidrográficas.”
O geól. Everton Luiz Souza, diretor de bacias hidrográficas da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, apresentou as ações de gestão no Estado. Lembrou que a lei estadual de 1999 e um espelho da lei nacional nos fundamentos e metas destacando aspectos como a descentralização da gestão das bacias, a participação dos diferentes setores e órgãos da sociedade, a integração das águas subterrâneas e superficiais, além da renovação do corpo técnico que atua no processo.
O eng. ftal Bruno H. Beilfuss, diretor de recursos hídricos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, ressaltou a importância do apoio institucional do banco mundial nos últimos seis anos que possibilitou a reestruturação dos órgãos governamentais de gestão dos recursos hídricos, sobretudo o reforço da equipe técnica da SDS e a parceria com a FATMA e CIDASC.
Até 2006 o foco estava na geração de energia e abastecimento público. Desde então iniciou-se um processo de ampliação da estrutura e dos resultados sendo que o número de usuários outorgados subiu consideravelmente com 78 mil cadastrados atualmente. “Estamos numa condição ímpar de analisar e avaliar com segurança a disponibilidade de água no estado e sinalizar quais são os mananciais que tem possibilidade de suportar novas atividades.
Deixe uma resposta
Quer entrar na discussão?Sinta-se livre para contribuir!