Artigo: A importância das engenharias na agenda ambiental

image_pdf

 

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece este ano em Belém do Pará, coloca o Brasil no centro das discussões ambientais globais. Mais do que um evento diplomático, representa um chamado para que engenheiros, agrônomos e geocientistas assumam um papel central na construção de soluções sustentáveis e economicamente viáveis.

 

A mitigação dos impactos ambientais exige mais do que ativismo. Para que a agenda climática avance com efetividade, é essencial torná-la economicamente viável. Nesse contexto, conhecimento técnico e inovação são decisivos. O conceito de infraestrutura verde demonstra como crescimento e preservação podem caminhar juntos. Projetos que integram urbanismo sustentável, energia renovável e eficiência hídrica não apenas protegem o meio ambiente, mas também impulsionam a economia.

 

A transição para um modelo sustentável depende da atuação de especialistas em engenharia, agronomia e geociências. Energias limpas, reaproveitamento de resíduos e construções sustentáveis demandam planejamento e soluções inteligentes, garantindo que desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental avancem lado a lado.

 

Os desafios ambientais do século XXI exigem soluções práticas. Proteção das florestas, gestão hídrica e segurança alimentar só evoluem com o trabalho integrado de quem planeja e executa infraestrutura sustentável. Obras como pontes, estradas e usinas precisam ser concebidas com critérios modernos para reduzir impactos sem comprometer o progresso.

 

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC) entende a sustentabilidade como um princípio essencial para o futuro do Brasil. O país tem um papel estratégico no equilíbrio ambiental global, e cabe aos setores da inovação tecnológica, onde nosso Conselho atua, liderar essa transformação.

 

A agenda ambiental não freia o crescimento, mas abre oportunidades para inovar e empreender com responsabilidade. Os especialistas dessas áreas estão na linha de frente dessa mudança, e sua atuação precisa ser valorizada nas decisões políticas e econômicas do país.

 

A COP 30 será um momento decisivo para o Brasil demonstrar ao mundo que crescimento e sustentabilidade podem coexistir. Mas essa transformação depende do trabalho técnico e inovador dos profissionais da engenharia. São eles que convertem desafios ambientais em oportunidades concretas. O avanço da pauta climática não ocorrerá apenas por discursos, mas pelo compromisso de quem planeja, desenvolve e transforma. É hora de fortalecer e reconhecer esse protagonismo.

 

Engenheiro Civil Flávio Schäfer – Superintendente do Crea-SC
flavio@crea-sc.org.br